quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Madalena Bendita


Observe um pouco mais este mundo,
Está todo ele catatônico,
Cheio de armas e de palmeiras,
Brasilidade de primeira, digo.
Me afeiçôo por minha janela,
Aonde espero Madalena passar,
Mas ela não passa,
E enquanto isso o tempo passa
E passa tudo mais que eu não suporto mais.
Me dizem os homens:
"A esperança é tão vã quanto a liberdade...".
Bendita esperança e mal dita liberdade
Por que não deixam Madalena sonhar???

E quando o lacrimejar dos seus olhos
E o ecoar de seus protestos
Forem suas únicas resposta a estas fardas inértes,
Você perceberá,
Que uma palavra bem dita vale mais que qualquer tiro,
E esses olhos malditos não fazem nada além de observar!!!

domingo, 26 de setembro de 2010

Romance Leviano


Eu quero chorar,
Me debulhar em leite derramado,
Pra depois tomar café
E dar descanso a meu sexo cansado.
Quero chorar,
Pra depois olhar no espelho e dizer: "Eu venci!!!",
A vitória de quem pensa tanto
A ponto de renunciar ao intelecto,
A vitória de quem dá o máximo
E para o qual não importam os resultados,
Pois, os meios transcendem os fatos
Assim como o céu é o alento dos fracos.

Meu espírito de poeta se aglutinou,
Meu sentimentalismo barato agora é tudo que eu tenho,
E que venham as musas sussurrar em meus ouvidos
Palavras compradas e retiradas de livros,
E que venha deus de encontro comigo,
Terá como resposta: "Você está vencido!!!",
Pelas mãos de um ator maltrapilho,
Pelas mãos de um artista libertário.

Ah... amor, amor, amor...
Por que és tão banal???


ps: esse é um texto antiquíssimo que eu achei num caderno velho, assim que possível posto alguma coisa nova. Mas, depois de quase dois anos sem atualizações, é melhor ir em doses homeopáticas...