quarta-feira, 18 de junho de 2008

Quero


E de repente,
No meio do nada anoitece,
Os homens se entreolham
E estranham o noturno meio-dia.
E há um cheiro forte,
Como a força de um coração destronado,
Como as águas que banham as pedras,
E é um cheiro de hálito queimado
Numa viagem de inúmeras medéias.
A culpa é de quem renunciou à arte
Para viver uma vida cerebral,
A culpa é de quem vê vida
Na morte do trabalho braçal.
Mas chega de rimas!!!
Elas não conseguem mostrar
Meu desanimo frente chaminés fumegantes,
Meu coração ao ver amores distantes.

Ah, lirismo maldito,
Quando foi que me tornei um poeta tão sentimental???
Misturo os assuntos como se fossem um só...
Quero respirar,
Quero lutar,
Quero amar,
Quero voar.
Pois,
Demasiado curta é a vida!!!

Um comentário:

Arthur disse...

Belo... simplesmente belo.

"A culpa é de quem renunciou à arte"

Todos, em algum momento, já renunciamos.