segunda-feira, 14 de julho de 2008

Sem Pensar

("Par de Botas", Vicent Van Gogh)

Escrevo agora sem pensar
E penso que nada me é mais importante,
Além daquilo que possuo agora,
Além do lugar onde eu estou.
Eu, apóstata do saber
Não pretendo caeiriar,
Apenas sou agora capaz de compreender
O mal que a racionalidade nos faz.
Sou, de fato, um homem que ama,
Não uma mulher, ou um homem,
Mas amo amar, um amor assim, infantil,
E amo, sem nenhuma vergonha de beijar!!!
Quero, de fato, resistir ao mundo,
Quero, só quero, e não quero pensar se posso,
Por que amo querer,
E quero, sem nenhuma vergonha de lutar!!!

Procuro meio que sem saber
O que quero encontrar no final,
A morte já não é mais o vilão
Não há mais vilão, não há mais mal.
Eu, que sempre me fiz de pedra
Me faço agora poeta,
Quero beijar a lua, lamber o mel
E saborear tudo que tudo pode trazer.
Sou, de fato, um homem que sonha,
Não um sonho de uma noite, assim, banal,
Mas sonho com a sutileza de uma criança,
E sonho, sem nenhuma vergonha de criar!!!
Sinto, de fato, tudo que me é proposto,
Sinto, só sinto, e sinto que não há nada demais,
Por que amo sentir,
E sinto, sem nenhuma vergonha de escrever!!!

Escrevo agora sem pensar

E penso que nada me é mais importante...

Um comentário:

Arthur disse...

Comento agora sem pensar
E penso que nada me é mais importante,
Além daquilo que possuo agora,
Além do lugar onde eu estou.(seu blog)

Ahauhauhauaha!!

De toda sua poesia e prosa que li, essa é a que mais me remete à ti.