segunda-feira, 17 de março de 2008

Diante do Escuro



Quando meus olhos se prostraram diante do escuro
Pude ver como é nítida tua imagem,
Pude ver como são escuras suas lágrimas
E perceber como é triste sua deselegância.
Eu não consigo mais me achar,
Dar socos na parede não levam a nada,
E de repente lembrar, angustiado,
Como é triste a solidão.
As fábricas fazem tanto barulho,
A sociedade reza a missa de segunda a sexta
E eu ainda me emociono ao comparar
O laço da gravata com a roupa xadrez.
Ah, se todos os homens chorassem,
Ah, se todos os homens lutassem,
Mas eles não choram,
Mas eles não lutam.
Eles reclamam das vestes
E satirizam como se tivesse alguma graça,
Esperam que o decote da vedete caia
Pra depois reclamar da nudez...

Quando meus olhos se prostraram diante de ti
Pude ver como são nítidas suas lágrimas,
Pude ver como é escura sua deselegância
E perceber como é triste me achar.
Eu não consigo não levar a nada,
Dar socos na parede, angustiado,
De repente lembrar da solidão
E como é triste tanto barulho.
As fábricas com suas missas de segunda a sexta,
A sociedade reza ao comparar
E eu ainda me emociono com a roupa xadrez,
Enquanto o laço da gravata chora.
Ah, se todos os homens lutassem,
Ah, se todos os homens chorassem,
Mas eles não lutam,
Mas eles não vestem.
Eles reclamam como se tivesse alguma graça
E satirizam o decote caído da vedete,
Esperam que vire nudez
Pra depois reclamar do escuro...

Quando meus olhos se prostraram diante do escuro,
Quando meus olhos se prostraram diante de ti,
Quando meus olhos se prostraram diante de mim,
Eles não conseguiram fitar mais nada!!!

Um comentário:

Marô Zamaro disse...

"Mas eles não choram
Mas eles não lutam
Eles reclamam das vestes
E satirizam como se tivesse alguma graça
Esperam que o decote da vedete caia
Pra depois reclamar da nudez..."

Muito bom, como sempre!
Uma música aos olhos, aos sentidos.
Um texto intrincado de significados e, ao mesmo tempo, simples.

Ah....parabéns, vi.
Você conseguiu de novo!
hahaha

Beeijos!!