"Les sanglots longs
Des violons
De l'automne
Blessent mon coeur
D'une langueur
Monotone.
Tout suffocant
Et blême, quand
Sonne l'heure,
Je me souviens
Des jours anciens
Et je pleure.
Et je m'en vais
Au vent mauvais
Qui m'emporte
Deçà, delà,
Pareil à la
Feuille morte!!!"
Tradução...
"Os longos sons
Dos violões,
Pelo outono,
Me enchem de dor
E de um languor
De abandono.
E choro, quando
Ouço, ofegando
Bater a hora,
Lembrando os dias
E as alegrias
E ais de outrora.
E vou-me ao vento
Que, num tormento,
Me transporta
De cá pra lá,
Como faz à
Folha morta!!!"
(Paul Verlaine)
quarta-feira, 28 de maio de 2008
quinta-feira, 8 de maio de 2008
quarta-feira, 7 de maio de 2008
Hino Nacional
Ouviram do ipiranga às margens cálidas
De um rei farreiro o brado canetante,
E o sol da Liberdade em raios fugiu
E brilhou no céu da pátria, encinerante.
Se o penhor dessa maldade
Foi deixar-nos à deriva à prol da sorte,
Em teu seio, ó Liberdade,
Nunca existiu, “ó deus do céu”, dai-nos a morte.
Ó pátria,
Ó pátria,
Nos salve...
Ó pátria,
Nos salve...
Brasil, um sonho eterno, um raio tímido,
De horror e de ilusão à terra desce,
Se em teu fogoso céu queimado e rígido
À imagem do cruzeiro se entristece.
Amante da já póstuma beleza,
És oco, és triste, impávido mal gosto,
E o teu futuro espelha com destreza.
Terra explorada,
Entre outras mil,
És tu, brasil,
Ó pátria!
Dos filhos deste solo és madrasta pueril,
Pátria,
Brasil!!!
Deitado eternamente em berço fétido,
Ao som do caos e à luz do chão imundo,
Figuras, ó brasil, barões da américa,
Desposam a democracia do novo mundo.
Do que a terra mais varrida,
Teus medonhos, tristes campos, têm mais dores.
Onde já teve mais vida,
Nossa vida no teu seio dissabores.
Ó pátria,
Ó pátria,
Nos salve...
Brasil, quero que mude este ar frívolo
E cante mais que as bundas e o traçado,
E que a hipocrisia desta flâmula
Não deixe o nosso “não” dilacerado.
Mas, se ergueres da justiça a clava forte,
Verás que o filho teu não fugirá à luta,
E gritará “paz” ao invés de “morte”.
Terra explorada,
Entre outras mil,
És tu, brasil,
Ó pátria,
Dos filhos deste solo és madrasta pueril
Pátria,
Brasil!!!
sei lá, deu vontade...
ps: caso não consigam visualizar o que está escrito na bandeira, perguntem ao autor, no fundo, no fundo, ele é um cara bacana... ;- )
segunda-feira, 5 de maio de 2008
Uma Canção de Amor
Eu fui até o escuro
Buscar uma canção de amor,
Encontrei fadas e doendes,
Arcebispos e padres doentes.
Eu fui até o céu
Deitar na grama de seda,
Bebi da cuia de Diógenes,
Fui mais longe que todos os homens.
Eu fui até o inferno
Propagar destruição,
Constatei uma bela paisagem,
Gritei "morte e liberdade".
Eu vim até aqui
Para ver como estão os homens,
Encontei-os assim,
Parados,
Comendo;
Sentados,
Bebendo;
Molhados,
Gemendo;
Coitados,
Não sabem nada além do que lhes é mostrado.
Ah...
Mas as putas também sonham,
Mas as flores também sangram,
E os poetas...
Sim,
Os poetas também amam!!!
Eu me devia este poema...
quinta-feira, 1 de maio de 2008
Retrato Abstrato
Hoje eu finalmente percebi,
Eu entendi o segredo afinal,
Este mundo burocraticamente caduco
Não passa de um arranjo de antíteses.
Mas juro que não vou chorar novamente
Nem pelos anjos, nem pelos demônios,
E a menos que as rosas desabrochem
Não sorrirei nunca mais.
É preciso coragem para enfrentar um Mundo medíocre,
Mas é preciso virtude para vencê-lo,
E eu olho à minha volta
E tudo que vejo é a imoralidade do pudor.
O cinza de nossas esquinas
Transgride nossos sonhos,
Que parecem cada vez mais distantes
Aos olhos de quem não sabe existir.
Vamos viver,
Vamos mostrar,
Não tenha medo de jogar tudo pro alto.
Vamos sorrir,
Vamos chorar,
Venha comigo pra este retrato abstrato.
Chorando lágrimas de sangue,
Vertendo notas dissonantes,
Bebendo falsos diamantes,
Ainda assim
Meu coração é menor que você.
Chegando onde ninguém foi antes,
Vendendo gestos fascinantes,
Suspirando palavras importantes,
Ainda assim
Meu coração é menor que você.
A poesia enlatada que consumimos
É o nosso pior veneno,
Transcende nosso tempo,
Mata nosso espaço.
Mas juro que só chorarei novamente
Caso as rosas do meu jardim se abram,
E só vou mostrar meu sorriso bobo
Caso os anjos brinquem com os demônios.
De fato estilizo minha conduta,
Faço frio, faço vento e faço Sol,
E estou satisfeito por receber em troca
A velha marchinha de carnaval.
O cinza de nossas esquinas
Me faz querer ser palhaço,
E quanto aos nossos sonhos,
Estes eu vejo de olhos abertos.
Vamos viver,
Vamos mostrar,
Não tenha medo de jogar tudo pro alto.
Vamos sorrir,
Vamos chorar,
Venha comigo pra este retrato abstrato.
Chorando lágrimas de sangue,
Vertendo notas dissonantes,
Bebendo falsos diamantes,
Ainda assim
Meu coração é menor que você.
Chegando onde ninguém foi antes,
Vendendo gestos fascinantes,
Suspirando palavras importantes,
Ainda assim
Meu coração é menor que você!!!
Eu entendi o segredo afinal,
Este mundo burocraticamente caduco
Não passa de um arranjo de antíteses.
Mas juro que não vou chorar novamente
Nem pelos anjos, nem pelos demônios,
E a menos que as rosas desabrochem
Não sorrirei nunca mais.
É preciso coragem para enfrentar um Mundo medíocre,
Mas é preciso virtude para vencê-lo,
E eu olho à minha volta
E tudo que vejo é a imoralidade do pudor.
O cinza de nossas esquinas
Transgride nossos sonhos,
Que parecem cada vez mais distantes
Aos olhos de quem não sabe existir.
Vamos viver,
Vamos mostrar,
Não tenha medo de jogar tudo pro alto.
Vamos sorrir,
Vamos chorar,
Venha comigo pra este retrato abstrato.
Chorando lágrimas de sangue,
Vertendo notas dissonantes,
Bebendo falsos diamantes,
Ainda assim
Meu coração é menor que você.
Chegando onde ninguém foi antes,
Vendendo gestos fascinantes,
Suspirando palavras importantes,
Ainda assim
Meu coração é menor que você.
A poesia enlatada que consumimos
É o nosso pior veneno,
Transcende nosso tempo,
Mata nosso espaço.
Mas juro que só chorarei novamente
Caso as rosas do meu jardim se abram,
E só vou mostrar meu sorriso bobo
Caso os anjos brinquem com os demônios.
De fato estilizo minha conduta,
Faço frio, faço vento e faço Sol,
E estou satisfeito por receber em troca
A velha marchinha de carnaval.
O cinza de nossas esquinas
Me faz querer ser palhaço,
E quanto aos nossos sonhos,
Estes eu vejo de olhos abertos.
Vamos viver,
Vamos mostrar,
Não tenha medo de jogar tudo pro alto.
Vamos sorrir,
Vamos chorar,
Venha comigo pra este retrato abstrato.
Chorando lágrimas de sangue,
Vertendo notas dissonantes,
Bebendo falsos diamantes,
Ainda assim
Meu coração é menor que você.
Chegando onde ninguém foi antes,
Vendendo gestos fascinantes,
Suspirando palavras importantes,
Ainda assim
Meu coração é menor que você!!!
Antiga, porém fundamental...
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