segunda-feira, 5 de maio de 2008

Uma Canção de Amor


Eu fui até o escuro
Buscar uma canção de amor,
Encontrei fadas e doendes,
Arcebispos e padres doentes.
Eu fui até o céu
Deitar na grama de seda,
Bebi da cuia de Diógenes,
Fui mais longe que todos os homens.
Eu fui até o inferno
Propagar destruição,
Constatei uma bela paisagem,
Gritei "morte e liberdade".
Eu vim até aqui
Para ver como estão os homens,
Encontei-os assim,
Parados,
Comendo;
Sentados,
Bebendo;
Molhados,
Gemendo;
Coitados,
Não sabem nada além do que lhes é mostrado.

Ah...
Mas as putas também sonham,
Mas as flores também sangram,
E os poetas...
Sim,
Os poetas também amam!!!


Eu me devia este poema...

4 comentários:

Unknown disse...

Difícil escrever o q eu acho d qualquer um dos seus poemas...
mas esse... parece q vc olha tudo de cima...analisa...
Adorei!

Marco Ferreira disse...

Vini, fabuloso!
concordo plenamente com a Isabel, vc consegue sempre ter uma visão paralela de tudo!!!
mto bom, parabéns!

Marô Zamaro disse...

Muuuito bueno, Vinícius!

Primeiro, achávamos que o inferno seria pior que a realidade.
Depois, passamos a crer que o inferno nada mais é a extensão da realidade.
E na sua vião, o inferno se torna um paraíso contraditório e a realidade um inferno enrustido.

Muito bom mesmo ;*

Bia disse...

você devia esse poema a todos que apreciam poesia meu amor

está maravilhoso

a cada dia que passa você supera suas façanhas,o que,acredite,é muito difícil

te amo