quarta-feira, 7 de maio de 2008

Hino Nacional



Ouviram do ipiranga às margens cálidas
De um rei farreiro o brado canetante,
E o sol da Liberdade em raios fugiu
E brilhou no céu da pátria, encinerante.

Se o penhor dessa maldade
Foi deixar-nos à deriva à prol da sorte,
Em teu seio, ó Liberdade,
Nunca existiu, “ó deus do céu”, dai-nos a morte.

Ó pátria,
Ó pátria,
Nos salve...
Brasil, um sonho eterno, um raio tímido,
De horror e de ilusão à terra desce,
Se em teu fogoso céu queimado e rígido
À imagem do cruzeiro se entristece.

Amante da já póstuma beleza,
És oco, és triste, impávido mal gosto,
E o teu futuro espelha com destreza.

Terra explorada,
Entre outras mil,
És tu, brasil,
Ó pátria!
Dos filhos deste solo és madrasta pueril,
Pátria,
Brasil!!!

Deitado eternamente em berço fétido,
Ao som do caos e à luz do chão imundo,
Figuras, ó brasil, barões da américa,
Desposam a democracia do novo mundo.

Do que a terra mais varrida,
Teus medonhos, tristes campos, têm mais dores.
Onde já teve mais vida,
Nossa vida no teu seio dissabores.

Ó pátria,
Ó pátria,
Nos salve...

Brasil, quero que mude este ar frívolo
E cante mais que as bundas e o traçado,
E que a hipocrisia desta flâmula
Não deixe o nosso “não” dilacerado.

Mas, se ergueres da justiça a clava forte,
Verás que o filho teu não fugirá à luta,
E gritará “paz” ao invés de “morte”.

Terra explorada,
Entre outras mil,
És tu, brasil,
Ó pátria,
Dos filhos deste solo és madrasta pueril
Pátria,
Brasil!!!


sei lá, deu vontade...
ps: caso não consigam visualizar o que está escrito na bandeira, perguntem ao autor, no fundo, no fundo, ele é um cara bacana... ;- )

2 comentários:

Marco Ferreira disse...

muito, embora, não concorde 100% com ele.
apesar do caos político que vivemos há gereações e gerações, não acho, ainda, o Brasil um país tão ruim assim...esse sentimento, bem comum-diga-se de passagem -seria natural em qualquer país, é existente mais pela vontade de mudar o aos do que, prórpiamente dita, a podridão da nação.
Afinal, pensando diferente ou não, somos todos do mesmo país, nós e eles, cada mudança que cobramos deles, devem, primeiramente, nascer em nós mesmos.

Marô Zamaro disse...

Um hino totalmente pessimista, diga-se.
Eu gostei do texto, e embora retrate um Brasil vergonhoso, pra muitos essa é única realidade.

Bacana (y)

=)